segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Volkswagen Space Cross

Volkswagen Space Cross custa R$ 57.990

Versão aventureira do SpaceFox ganha novo visual com mesmo motor 1.6 de 104 cv



A Volkswagen apresentou na manhã da última terça-feira (30) o novo Space Cross Fox. Não menos familiar do que o seu modelo de origem, o SpaceFox, a novidade chega para fazer companhia ao Cross Fox na família de “aventureiros” da marca. Assim como o modelo urbano, o Space Cross conta com duas versões: uma equipada com câmbio manual de 5 marchas e outra com transmissão robotizada ASG. A primeira sai por R$ 57.990 e segunda custa R$ 60.690. Ambas contam motor 1.6 flex que desenvolve 104 cv (etanol). 

Neste valor, a Volkswagen equipou o “aventureiro familiar” com ar-condicionado, airbag duplo, direção hidráulica, ABS, rack de teto, sensor de chuva, aerofólio na cor do carro, entre outros acessórios. Para ressaltar o espírito fora de estrada, o Space Cross ganhou rodas de 15 polegadas e pneus 205/55. A suspensão dianteira também foi modificada e ficou 33 mm mais alta, assim como a traseira que cresceu 35 mm, em comparação ao SpaceFox. Outra característica da versão Cross são as bitolas dianteiras e traseiras, que aumentaram 33 mm e 23 mm, respectivamente.

Detalhes visuais fazem parte da caracterização do Space Cross Fox. Olhando de frente, ele é idêntico ao Cross Fox e os novos para-choques carregam dois faróis alargados que acentuam esse perfil. A lateral ganhou um “borrachão” com o logotipo da série e as pedaleiras das portas contam com detalhes cromados. Por fim, a traseira segue o mesmo visual da parte dianteira do carro e também leva detalhes em preto e friso cromado. Por dentro, nada muda além do nome “Space Cross” grafado na manopla do câmbio e os pedais de aço. 

Além dos itens de série, já citados acima, o Space Cross também pode ser equipado com alguns acessórios opcionais. Entre eles estão o comandos de rádio no volante com revestimento de couro (R$ 285), ajuste de altura e profundidade da direção (R$ 390), rádio com MP3 e entradas auxiliares (R$ 735), borboletas para troca de marchas no volante (R$ 495) e bancos de couro (R$ 1.720). 

Familiar com espírito “off-road”, só espírito

No interior do Space Cross, as mudanças são mínimas. Os pedais cromados, novo logotipo na manopla do câmbio e um tecido exclusivo aplicado nos bancos não mostram toda a aventura prometida pela Volkswagen. O modelo mantém-se familiar, com posição elevada no lado do motorista e espaço interno satisfatório. Contudo, o que realmente faz a diferença na novidade é a suspensão mais elevada em comparação ao modelo urbano. 

Na estrada pavimentada, o carro ganhou mais conforto com a estrutura alterada e os ruídos (que não eram comuns) ficaram quase imperceptíveis. De acordo com a Volkswagen, a suspensão do carro ficou 33 mm mais elevada, assim como a traseira que também ficou 35 mm mais afastada do chão. O único problema desta característica são as curvas em velocidade mais elevada nas estradas. Graças a estas mudanças, o Space Cross passa a sensação de “flutuação” que se agrava com a direção leve (característica do modelo). 

Em um pequeno trecho de estrada de terra, a nova suspensão fez bem seu trabalho e, juntamente com o novo jogo de pneus mais largos do que os usados no SpaceFox, diminuiu bem os ruídos entre cada buraco. Mas, da mesma forma que acontece na versão urbana, o motor 1.6 do Space Cross deixou a desejar, tanto no asfalto quanto na terra. As reduzidas eram comuns e com o ar-condicionado ligado, o carro sofria bastante, até mesmo nas ladeiras mais leves.

Após os testes com a versão I-Motion e manual, a conclusão foi a mesma para ambos os modelos: o Space Cross continua um típico modelo familiar, mas com um visual mais jovial e arrojado. Esse visual, por sua vez, ficou bem equilibrado. As novas rodas de 15 polegadas deram uma nova “cara” para o Space Cross, assim como os detalhes nos para-choques em preto e cromado. 

Os pequenos aventureiros já são comuns no mercado nacional. Conforme divulgado pela própria Volkswagen, já são cinco modelos oferecidos no Brasil com essa roupagem. Um crescimento de 30% em comparação com 2008, quando havia apenas três carros desse tipo disponíveis nas lojas. A oferta cresce conforme a demanda, isso é fato, mas será que os valores pedidos nos carros deste segmento são justos? Afinal de contas, a aventura, de fato, se restringe ao visual.

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