segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Volkswagen Jetta 2012

VW Jetta estreia segunda geração
Sedã feito no México chega maior e com versão para brigar com Toyota Corolla e Honda Civic
A nova geração do Volkswagen Jetta chega ao Brasil em duas configurações. Cada uma com características mecânicas próprias, apesar de parecidas no visual. A versão de entrada do sedã é a Comfortline a partir de R$ 65.750. Ela vem equipada com um conjunto mecânico herdado do Golf. O câmbio é manual de 5 marchas e o motor um 2.0 flexível que gera 120 cavalos de potência a 5.000 rpm e torque de 18,4 kgfm a 4.000 rpm. Ambos os dados são com etanol. Esta versão ainda tem câmbio Tiptronic de seis marchas como opcional.
Já a versão topo de linha Highline, que custa a partir de R$ 89.520, usa câmbio DSG (de dupla embreagem) com 6 marchas e motor 2.0 com injeção direta de combustível e turbo. O propulsor gera 200 cv de potência a 5.100 rpm e torque de 28,5 kgfm a partir de 1.700 rpm.
Mais adiante falaremos do comportamento de cada um. Antes disso, falemos das medidas do Jetta. Ele tem 4,64 m de comprimento e 2,65 m de entre-eixos. Assim, o sedã ganhou 9 cm no comprimento e 8 cm de entre-eixos em relação ao seu antecessor. Em relação ao visual, o sedã está agora em sintonia com a linguagem de design adotada pela Volkswagen. Os faróis têm forma de trapézio e ganham vinco em direção à grade e lateral do carro. A abertura no para-choque dianteiro é estreita e vai de ponta a ponta da peça. É um desenho harmonioso, mas com pouca novidade.
A lateral do modelo é comportada. Um vinco na parte inferior das portas e outro, mais suave, que vai do farol à lanterna ficam mais bonitos ao vivo. O caimento do teto e a junção com a coluna C também estão bem feitos. Na traseira, as lanternas invadem a tampa do porta-malas. O desenho delas não empolga, mas também não depõe contra. O para-choques de trás é simples, com dois vincos que marcam a peça.
Por dentro
O novo Jetta tem acabamento correto para a categoria. Plásticos são bons e o encaixe é firme. No entanto, o desenho da cabine deixa a desejar. A lógica e organização alemãs parecem ter simplificado demais o Jetta por dentro. Não há nenhuma surpresa ou destaque no interior, assim como não há erros grosseiros. A ergonomia e interação com os comandos estão bem resolvidas.
A versão de entrada tem apliques imitando fibra no painel, enquanto a versão top tem apliques com alusão ao aço escovado. Os bancos são confortáveis em ambas as versões, mas o couro da Highline é de verdade.
O espaço interno é muito bom. Viajei alguns quilômetros no banco traseiro e, mesmo com o banco dianteiro ajustado para abrigar uma pessoa de 1,82 m, tive espaço de sobre nas pernas. No entanto, o plástico nas portas de trás tem qualidade inferior ao usado na dianteira.
Ao volante
Por fora as duas versões são até parecidas, mas o Jetta na opção Comfortline é totalmente diferente da Highline. Com o peso de 1.311 kg e parcos 120 cv, a configuração 2.0 flex é lenta. O propulsor está defasado em relação aos concorrentes, que alcançam até 150 cv. Com isso, o trabalho do motorista no câmbio manual é constante. Na estrada é preciso usar o motor em rotações de médias para altas para realizar as retomadas.

Assim, o consumo de combustível sobe e o som do motor invade a cabine. Pelo menos o câmbio tem engates precisos e a alavanca tem boa ergonomia. O pedal de embreagem também está bem modulado. Já o câmbio automático de 6 marchas Tiptronic, vindo também do Golf, sofre com os 87 kg a mais que tem de carregar no Jetta. A Volkswagen precisa acertar melhor a conversa entre câmbio, motor e pedal de acelerador. De acordo com a marca, a configuração manual acelera aos 100 km/h em 10s0 e atinge 202 km/h com etanol. Já a automática acelera aos 100 km/h em 11s1 e atinge a velocidade máxima de 198 km/h. O motorista acostumado com Honda Civic, Toyota Corolla e Ford Focus Sedan pode sentir falta do desempenho.
Já a versão 2.0 TSI redime um pouco a imagem do Jetta. Aqui, o papo entre o propulsor e o câmbio DSG é fácil. As trocas de marcha são suaves e rápidas. Aletas atrás do volante melhoram a interação entre motorista e carro. Ultrapassagens e retomadas são rápidas e confortáveis, sem trancos nas reduções de marcha. Esse sim é um conjunto moderno e que empolga pelo desempenho. A aceleração aos 100 km/h ocorre em 7s3 e ele atinge 238 km/h de velocidade máxima, segundo a marca.
Equipamentos
De série, a versão Comfortline oferece direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, freios antitravamento (ABS) com distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD), 4 air bags, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, computador de bordo, volante com ajuste de altura e profundidade, rádio com Bluetooth, MP3, entrada auxiliar USB e 6 auto-falantes, banco traseiro bipartido e rodas de aro 16” com pneus 205/55. A opção Comfortline com câmbio automático parte de R$ 70.005
Entre os principais opcionais para a configuração Comfortline estão o sensor de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, volante multifuncional, rodas de liga leve aro 17”, teto solar elétrico, revestimento dos bancos em couro e sistema de som com tela touchscreen.
Em adição à lista de itens de série do Jetta Comfortline, o Highline conta com controle eletrônico de estabilidade (ESP), ar-condicionado digital de 2 zonas, sensores crepuscular e de chuva, sistema de som com tela Touch Screen e 8 auto-falantes, direção elétrica, volante multifuncional com borboletas para troca de marcha, bancos revestidos em couro e assentos dianteiros com aquecimento, espelho interno eletrocrômico e rodas de aro 17” com pneus 225/45, entre outros.
Como opcionais o novo Jetta Highline possui rodas de liga leve aro 17” com detalhes pretos, teto solar elétrico e banco do motorista com ajuste elétrico.

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